By Morgan Shannon McFust O’Hara Weasley
Alguns dias antes no Departamento dos Aurores em Paris:
- É certo que precisaremos de todos nesta batalha, mas eu acho que você deveria ficar com sua mulher e seus filhos. A Ilha seria um prêmio muito bom para o outro lado, e com você lá, eles pensariam duas vezes antes de atacar. – disse Kyle McGregor a Carlinhos Weasley.
- A Ilha está bem protegida, nós reforçamos os feitiços de proteção e lá tenho Yuri, Nick e Irina para ajudar a Morgan junto com a Bertha. Se houver uma chance de pegar o Grayback, eu quero tentar Kyle. Não só pelo Gui, mas por meus filhos também, alguém tem que parar este maluco. Preciso estar no grupo de Londres.
Kyle após pensar um pouco disse:
- Está bem, você fica com o grupo da Megan, mas mandarei alguém ficar com a Morgan. Sei que ela é capaz de defender-se, mas um auror lá, pode fazer diferença e já sei quem pode cuidar disso. – disse enquanto acenava para que sua secretária entrasse na sala:
- Peça para Alexandra vir à minha sala, por favor. - quando a mulher saiu, Kyle se explicou:
- Pode não parecer, mas é uma decisão prática. Alex através da projeção astral pode cobrir várias áreas da Ilha rapidamente, além de ser experiente em batalhas. E reconheço que minha mulher me mataria se mandasse algum novato que mal sabe para que serve uma escama de dragão e atrapalhasse a Morgan. Preciso evitar uma guerra em casa. – ambos riram.
- Acha que vai haver encrenca na Ilha? Estou agindo errado em não ficar lá? – perguntou o ruivo preocupado.
- Vai haver encrenca em todo lugar, mas eu acredito que o nosso lado vai vencer, mesmo que o preço a pagar seja alto. – e ambos ficaram pensativos enquanto aguardavam a mulher.
Dia da partida para Londres, antes do Sol nascer...
- Se precisar de qualquer coisa...
- Não vou precisar de nada. Quero que fique despreocupado e se proteja. - disse enquanto o abraçava indo em direção ao quarto de nossos filhos, onde Johny e Izzy dormiam tranqüilos.
- Eles estão crescendo rápido. – ele disse emocionado e o vi beijar cada um deles e sussurrar alguma coisa em seus ouvidos. – deram um sorrisinho involuntário enquanto dormiam.
- Cuidei para que você tenha ajuda... - ele começou a dizer.
- Não vai acontecer nada. Tia Bertha, Yuri e os outros estão aqui para me ajudar.
- Eu sei, mas se acontecer alguma coisa, não hesite em mandar me buscar.
- Não se preocupe amor, se alguém se atrever a tentar nos fazer mal, vão saber que posso ser tão cruel quanto Voldemort. - falei tão espontaneamente que ele riu e disse:
- Esta é a minha garota! Venha, quero me despedir mais uma vez.
Alguns dias depois...
O Ministro da Magia vinha chegando e junto dele havia mais três pessoas. Eram dois aurores com um olhar de poucos amigos e seu secretario Percy Weasley. Conhecia Rufus desde criança, mas optei por usar um tratamento formal, pois percebi que não era uma visita social. Coloquei Johnny e Elizabeth no colo de Porshy, e esperei.
- Bom dia, Morgan, ainda não tive a oportunidade de felicitá-la pelo seu casamento e pelo nascimento de seus filhos. São lindos! Disseram-me que você está muito feliz. Um tratador de dragões é? Apropriado. - enquanto passava a mão na cabeça das crianças. Percy deu uma olhada fria nos sobrinhos, mas estava tão empertigado que duvido que ele saiba discernir quem era quem.
- Obrigada Ministro. Estou muito feliz. - Respondi e continuei: - Agora gostaria de ir direto ao assunto: O que você quer? Sei que não é uma visita social, ou não teria trazido estas pessoas com você. Você raramente nos visitava quando meus pais eram vivos, não seria agora que você o faria.
- Mas que falta de respeito... - bufou Percy e o ignorei, o Ministro levantou a mão para calá-lo e Yuri deu um passo à frente. Notei satisfeita que Nick e Irina haviam se movimentado ao mesmo tempo em que os aurores.
- Ela pode falar o que quiser, ela está na casa dela, Percy. Sinto não ter visitado seus pais antes, Morgan. Eu gostava muito do John e Bess, era especial para mim. – ele falava com sinceridade e assenti com a cabeça.
- Onde está o seu marido?- perguntou e em seus olhos pude ver que ele sabia ou desconfiava da verdade.
- Carlinhos está resolvendo assuntos da Ilha. Deve voltar logo.
- Você também era do exército de Dumbledore?- ele perguntou á queima roupa.
- Não, mas compartilho de muitas de suas idéias. - e ficamos nos encarando.
"Encare o seu inimigo, mesmo que você não tenha chance de vencê-lo. Faça-o pensar duas vezes, antes de atacá-la" - era uma das muitas coisas que meu pai me falava quando criança.
- Talvez o Ministério deva intervir na administração da Ilha. Não há gente o suficiente para cuidar dela. - ele disse tentando parecer casual.
- Esta Ilha está na minha família há gerações e sempre demos conta de tudo. – respondi no mesmo tom.
- Alguém conseguiu burlar seus feitiços e roubar vários ovos de dragão. Isso nunca aconteceu antes.
- Ovos de dragão são roubados de todas as ilhas de criação. Sabemos que não é este o problema. Você acha que vai mostrar força política se intervier na Ilha, como tentou fazer com Hogwarts. Torno a dizer: podemos nos cuidar.
Percy resolveu falar sem ser convidado:
- E o que uma garota pode fazer para defender um lugar deste tamanho sem ajuda especializada.
Antes que eu respondesse, a terra tremeu.
- É um terremoto? – perguntou Percy assustado e os aurores olharam apreensivos para o Ministro que se manteve calmo.
- Não é um terremoto. É o coração da Ilha reagindo. Seu pai me falou sobre isso.
- Então você sabe que não há o que temer. Se esta Ilha cair em mãos erradas, ela vai ser afundada. – respondi e ouvi um som de surpresa escapar da boca de Irina.
- Seria bom ter alguns aurores do Ministério aqui para aumentar a segurança. - Rufus começou a dizer novamente e antes que eu respondesse ouvi uma voz conhecida:
- Que maravilha um comitê de recepção. Não mereço tanto. - e era Alex McGregor, chegando em sua vassoura, trazendo uma caixa de madeira onde se via escrito frágil, que pousou suavemente antes de desmontar. Foi até engraçado de ver a cara de surpresa do Ministro e dos outros aurores enquanto ela os cumprimentava.
- Como vai Rufus? Williamson, Dawlish. - acenou com a cabeça na direção deles. - Morgan querida. - me abraçou e olhou para Yuri e Nick.
- Rapazes, podem ajudar aqui? Sabem que uma garota às vezes é tão... Frágil. - e fez um ar de desamparo, que me deu vontade de rir, mas me controlei.
Yuri e Nick correram para levar a caixa para dentro do estábulo, e Irina ficou parada observando-a. Alex tornou a falar:
- Enquanto descia, ouvi você dizer que a Ilha precisava de aurores. Engraçado, foi o mesmo que os Ministros Berbennot e O'Bannion me disseram quando me pediram para vir até aqui. E acho que uma professora da Academia de Aurores pode dar conta do recado não? Afinal nossos governos estão do mesmo lado. - e colocou nas mãos do Ministro dois pergaminhos com selos oficiais: um do ministério francês e outro irlandês.
O Ministro após ler as cartas, disse meio contrafeito.
- Se tivesse sido informado que você cuidaria disso não estaria aqui, com tantas coisas que tenho para resolver. - e lançou um olhar de censura a Percy, que ficou vermelho.
- Bem, se você está aqui e vai ajudar a Morgan a manter a Ilha em segurança, meu trabalho será um pouco mais fácil. Adeus Morgan, espero poder visitá-la mais vezes quando as coisas estiverem mais calmas.- e caminhou até um ponto mais à frente junto com o seu pessoal e aparataram.
-Uffa! Bem na hora não? – Alex respondeu enquanto pegava Elizabeth no colo e fazia gracinhas para John, que tentava pegar a sua mão.
- As coisas vão ficar perigosas não é? – perguntei apreensiva.
- Parece que sim, mas estamos mais preparados desta vez. E sinceramente eu confio que o Potter vai fazer o que Dumbledore o encarregou de fazer. Se ele não conseguir... - e ela mudou de assunto:
- Será que podemos comer alguma coisa? Não trouxe um casal de testrálios a você como presente de Hagrid à toa não é? Quero ver os arranjos para a colônia de férias. Ty já avisou que vai fazer muita propaganda na escola.
E ela foi comigo cuidar dos novos moradores da Ilha. Apesar de estarmos em estado de alerta, a vida continuava, e precisávamos seguir em frente.
Naquela noite antes de dormir, mais uma vez pedi aos deuses que protegessem a todos nós.
Monday, June 11, 2007
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