Tuesday, September 12, 2006

Não fico sem você.

Anotações de Morgan O’Hara Weasley

Acordei com o som de conversas e após algum tempo me levantei. Apesar dos problemas de todas havia sido uma noite divertida. O dançarino mascarado, acabou fazendo o lado dos homens se roerem de ciúmes e para minha surpresa Carlinhos estava entre eles. Ele tinha um olhar irado no rosto, quando me viu dançando animada. O mais engraçado é que os homens nem sequer desconfiavam que o "stripper" é amigo de todos eles.
Estávamos de pé na cozinha, tomando um farto café preparado pelo Scott, sim, agora o chamo de Scott, depois de dançarmos daquele jeito na noite anterior, não havia sentido em chamá-lo de senhor Foutley. Quando Yulli apareceu:
- Cadê o Scott?
- Saiu, dizendo que tinha uns assuntos a resolver, deve voltar logo. - disse Louise, enquanto comíamos. A campainha tocou e Alex foi atender, e logo me chamou:
Fui até a sala e Carlinhos estava parado na porta:
- Oi, posso falar com você um pouco?
- Claro. Podemos sair para dar uma volta... - respondi e recebi uma piscada da Alex, quando dei-lhe um beijo de despedida.
Caminhamos até um café ali perto, e nos sentamos numa mesa de frente um para o outro.
CW - Você está bem? E o bebê?
MOH - Estamos ótimos. Louise me examinou ontem...
CW - Passou mal, depois de ficar dançando com aquele cara não? Não tem juízo? Podia ter caído e se machucado ou machucado o bebê....
Depois disso, não iria dizer a ele, que Louise afirmou que eu teria gêmeos. Mas, como ela havia tomado uns drinks, achou melhor que eu fosse até o hospital confirmar assim que a semana começasse.
MOH - Acha que eu prejudicaria nosso filho? Você é tão idiota. - disse levantando da mesa e ele segurou minha mão.
CW - Não, não vá embora, por favor. Desculpa. Foi difícil eu ver o jeito que você dançava ontem e agora você dizendo que foi examinada pela Louise, assustou-me. Mais uma vez desculpa.
MOH - Louise me examinou ontem e me receitou algumas vitaminas que me que farão bem. - como ele ficasse me olhando eu continuei:
- Devo ir embora amanhã. Alex vai me mandar para a Irlanda através do Ministério. Quando o bebê nascer eu te aviso ok?
CW - Não.
MOH - Não vai querer ser avisado quando o seu filho nascer? – a garçonete ouviu o que eu disse e quase jogou a xícara de café quente em cima dele.
CW - Você não vai ficar lá sozinha com a Bertha. Você precisa de cuidados especiais e na Ilha não vai ter isso...
MOH - Vou ter todo o cuidado que preciso, tia Bertha e Porshy saberão o que fazer quando chegar à hora. Não vou discutir mais isso. Não vou ser a primeira mulher a dar a luz.
CW - Mas vai ser a mãe do meu filho. Quero estar com você quando acontecer.
MOH - Ah e como você vai fazer isso? Sua mãe não vai permitir que você more numa casa que não é sua. Ou quem sabe ela o convenceu que eu não sou boa o bastante para você. Ou quem sabe resolveu que você ainda é criança... – cutuquei. Como eu queria que ele reagisse, estava doida para brigar...
CW - Minha mãe já deu a opinião dela sobre o assunto, e não vou mais discutir sobre isso com você. Numa coisa ela está certa: nenhum de nós dois se preparou para ser pai ou mãe. Veja bem... Nem como marido e mulher estamos dando certo.
Eu estava esperando um pedido de desculpas, declarações de amor e ele me vêm com isto? Fiquei chocada, mas procurei disfarçar.
CW - Eu... Eu vou pedir para a Bertha um emprego na Ilha. Acho que poderemos conviver pacificamente pelo bem do nosso filho.
MOH - Você vai para lá comigo? Vamos ficar juntos? – disse esperançosa, mas ele continuava sério.
CW - Vou lá para ajudá-la até a hora que o bebê nascer. Não vou deixar você sozinha numa hora destas.
MOH - Deixa ver se eu entendi: você vai ficar na Ilha, mas apenas como empregado da tia Bertha? É isso? ¬¬
CW - Você escolheu me deixar, tá lembrada? Nosso vinculo será o bebê. Vou ajudar a criá-lo, é minha responsabilidade.
MOH - Sua responsabilidade era me amar Carlinhos. – explodi.
CW - Eu a amo mais do que você consegue imaginar. Mas temos modos diferentes demais de encarar esta situação. Tenho deveres assumidos que tenho que cumprir, porque quero um mundo mais seguro para o nosso filho. O jeito será nós sermos apenas amigos, pelo bem do bebê.
Eu queria voltar para a cama e dormir novamente. Isso não podia estar acontecendo. Meu rosto deve ter mostrado a minha dor, porque ele segurou minha mão e disse travesso:
CW - Tá vendo como dói a gente achar que perdeu quem a gente ama?
MOH - Você estava brincando quando disse aquelas coisas? Não teve graça. - funguei e ele parou de rir ficando preocupado.
CW – Não chora amor. Eu decidi ir com você para a Ilha, você tinha razão quando disse que eu estava sendo machista. Fui um idiota.
Pelo tempo que estávamos juntos eu o conhecia bem demais, e sabia que ele estava abrindo mão de coisas que acreditava para ficar comigo. Não poderia haver prova de amor maior que esta. Porém, isto não seria justo:
MOH - Vamos morar na Ilha, mas você vai continuar com a ODF. Tenho amigos na Irlanda que querem ajudar também.
CW - Mas você queria que eu saísse da ordem... :s *confuso*
MOH - Sim, eu ainda quero, mas não vou deixar você abrir mão de uma coisa que você acredita por um capricho meu. Já perdemos Dumbledore, e se a Ordem começar a perder seus colaboradores, não teremos mais esperança. E como já disse várias vezes: eu vou ajudar, nem que seja ficando em nossa casa cuidando do nosso filho, por um tempo. Não seria justo com nossos amigos que vão continuar a lutar, se nós dois ficássemos lá.
CW – Vai ser uma correria... Vai conseguir suportar?
MOH – Saber que você vai estar do meu lado incondicionalmente, me faz suportar qualquer coisa.
CW - Esta é a minha garota. Sabe que quando vi você dançando ontem comecei a ter umas idéias. Eu estava esquecendo antes de você se tornar mãe, você é uma mulher linda e sexy. Acha que pode perdoar o meu vacilo?- fingi analisar a situação e disse:
MOH – Vou pensar em várias formas para você me compensar.
Saímos dali e fomos encontrar um lugar onde ficássemos sozinhos. Hoje era um novo dia, e iríamos aproveitar para fazer as pazes. Quem sabe quanto tempo esta trégua iria durar.

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