Por Louise Storm
Só restava Yulli e eu no apartamento do Sergei quando Scott voltou, dizendo que se não partíssemos naquele momento perderíamos o vôo para o Brasil. Despedi-me da minha amiga, que também estava para voltar ao Japão, e fui embora. Mo caminho do aeroporto Scott ia me contando sobre o que foi fazer no apartamento do Quim, de como os homens reagiram e do quanto ele estava revoltado, pois havia conversado a sós com Remo depois que todos saíram, e mesmo assim ele não apareceu para ao menos se despedir de mim.
A viagem de volta pra casa foi péssima. Por já estarmos atrasados, fomos direto para Heatrow, Scott já havia colocado as malas no carro antes dessa confusão toda começar. O tempo de vôo é de aproximadamente 9hs e eu posso dizer que por certo, chorei durante 5hs. Não queria chorar, me esforçava para parecer que não estava dando importância, mas era o Cott que estava comigo, não precisava fingir nada, pois só de me olhar ele já sabia o que eu pensava. Eu ficava imaginando o que iria dizer ao Gabriel e em como ele ia falar que já esperava por isso. O táxi nos deixou em frente ao prédio onde moramos na Lagoa e eu estava pagando ao homem quando meu amigo começou a me cutucar insistentemente.
- Que foi Cott? Você esta branco, viu fantasma??
- Olha lá Lou...
- Olha lá o que?
- Ali! – e agarrou meu rosto, virando ele na direção do prédio.
Por sorte não havia nada de quebrar na minha bolsa, pois a deixei cair na mesma hora. Sentado em um banco ao lado do prédio estava Remo. Ele mantinha a cabeça baixa e ainda não tinha percebido que havíamos chegado. Olhei para Scott esperando que ele me dissesse que sabia de tudo e estava me enganando, mas sua cara denunciava que ele estava tão surpreso quanto eu. Deixei minhas malas com ele para subir e fui até lá.
- Remo?
- Lou? Ah, já estava pensando que George tinha me passado o endereço errado, ele ficou um pouco relutante.
Ele levantou depressa do banco sorrindo e foi logo puxando minha mão. Mulher é um bicho mole mesmo: ainda tentei me manter seria, mas acabei retribuindo ao sorriso dele. Acho que isso o tranqüilizou, pois parecia menos ansioso.
- O que você veio fazer aqui?
- Vim tentar consertar uma burrada que eu fiz
- Ah é? Bom, eu...
- Por favor, me deixa falar. - ele encostou a ponta do dedo nos meus lábios e parei de falar – Primeiro me desculpe por não tê-la alcançada ainda em Londres, mas vou explicar isso em um instante. Eu ate agora estou tentando entender porque brigamos, porque eu disse que não me mudaria. Eu tenho sim minha vida lá, assim como você tem a sua aqui, mas o fato é que minha vida não é completa sem você, então de que adianta ficarmos onde queremos, mas separados?
- Remo...
- Não fazia sentido, eu já sabia disso, mas Scott me fez compreender de uma vez por todas que meu lugar é onde você estiver. Eu não trouxe nada comigo, sai às pressas quando vi que você já tinha ido embora, mas vou voltar para fazer as malas, eu vou ficar aqui, do seu lado, e nunca mais vamos nos separar. Isso, claro, se você ainda me quiser...
Não foi necessária uma resposta em palavras para aquela pergunta. Envolvi meus braços em volta dele e o beijei, apagando os últimos dois dias de briga da memória. Ouvi Scott gritar da varanda de seu apartamento, mas ele correu para dentro de casa quando olhamos para cima. Remo me soltou e começou a tatear os bolsos da roupa, até que encontrou o que procurava.
- O motivo pelo qual eu não consegui alcança-la ainda em Londres foi porque precisei ir até minha casa procurar por isso.
- Remo, você não... – falei assustada quando vi que ele puxou uma caixa antiga do bolso
- Comprei isso há 16 anos e não tive a oportunidade de lhe dar, mas guardei comigo, não consegui me desfazer. Bom, antes tarde do que nunca, certo?
- Eu... eu...
- Sei que não posso oferecer muita coisa, mas acho que depois de tudo que passamos, conseguimos enfrentar qualquer coisa e...
- Ah Remo, você sabe que eu nunca me importei com isso! Isso nunca foi problema e não é agora que vai começar a ser.
- Você disse sim há 16 anos atrás. Então, ainda quer casar comigo?
- Claro que eu quero...
Remo pôs a aliança que havia comprado quando me pediu em casamento pela 1ª vez no meu dedo e me abraçou, me beijando. Minhas pernas estavam fracas e sentia que estava tremendo, ainda sem acreditar que há menos de 10 minutos estava pensando que nunca mais fosse beijá-lo outra vez. Scott gritou de novo da sacada, mas dessa vez não se escondeu quando olhamos para cima, tinha um sorriso tão largo quanto os nossos. Ele jogou as chaves e subimos ao encontro dele. Agora ali era nossa casa, não mais só minha.
Só restava Yulli e eu no apartamento do Sergei quando Scott voltou, dizendo que se não partíssemos naquele momento perderíamos o vôo para o Brasil. Despedi-me da minha amiga, que também estava para voltar ao Japão, e fui embora. Mo caminho do aeroporto Scott ia me contando sobre o que foi fazer no apartamento do Quim, de como os homens reagiram e do quanto ele estava revoltado, pois havia conversado a sós com Remo depois que todos saíram, e mesmo assim ele não apareceu para ao menos se despedir de mim.
A viagem de volta pra casa foi péssima. Por já estarmos atrasados, fomos direto para Heatrow, Scott já havia colocado as malas no carro antes dessa confusão toda começar. O tempo de vôo é de aproximadamente 9hs e eu posso dizer que por certo, chorei durante 5hs. Não queria chorar, me esforçava para parecer que não estava dando importância, mas era o Cott que estava comigo, não precisava fingir nada, pois só de me olhar ele já sabia o que eu pensava. Eu ficava imaginando o que iria dizer ao Gabriel e em como ele ia falar que já esperava por isso. O táxi nos deixou em frente ao prédio onde moramos na Lagoa e eu estava pagando ao homem quando meu amigo começou a me cutucar insistentemente.
- Que foi Cott? Você esta branco, viu fantasma??
- Olha lá Lou...
- Olha lá o que?
- Ali! – e agarrou meu rosto, virando ele na direção do prédio.
Por sorte não havia nada de quebrar na minha bolsa, pois a deixei cair na mesma hora. Sentado em um banco ao lado do prédio estava Remo. Ele mantinha a cabeça baixa e ainda não tinha percebido que havíamos chegado. Olhei para Scott esperando que ele me dissesse que sabia de tudo e estava me enganando, mas sua cara denunciava que ele estava tão surpreso quanto eu. Deixei minhas malas com ele para subir e fui até lá.
- Remo?
- Lou? Ah, já estava pensando que George tinha me passado o endereço errado, ele ficou um pouco relutante.
Ele levantou depressa do banco sorrindo e foi logo puxando minha mão. Mulher é um bicho mole mesmo: ainda tentei me manter seria, mas acabei retribuindo ao sorriso dele. Acho que isso o tranqüilizou, pois parecia menos ansioso.
- O que você veio fazer aqui?
- Vim tentar consertar uma burrada que eu fiz
- Ah é? Bom, eu...
- Por favor, me deixa falar. - ele encostou a ponta do dedo nos meus lábios e parei de falar – Primeiro me desculpe por não tê-la alcançada ainda em Londres, mas vou explicar isso em um instante. Eu ate agora estou tentando entender porque brigamos, porque eu disse que não me mudaria. Eu tenho sim minha vida lá, assim como você tem a sua aqui, mas o fato é que minha vida não é completa sem você, então de que adianta ficarmos onde queremos, mas separados?
- Remo...
- Não fazia sentido, eu já sabia disso, mas Scott me fez compreender de uma vez por todas que meu lugar é onde você estiver. Eu não trouxe nada comigo, sai às pressas quando vi que você já tinha ido embora, mas vou voltar para fazer as malas, eu vou ficar aqui, do seu lado, e nunca mais vamos nos separar. Isso, claro, se você ainda me quiser...
Não foi necessária uma resposta em palavras para aquela pergunta. Envolvi meus braços em volta dele e o beijei, apagando os últimos dois dias de briga da memória. Ouvi Scott gritar da varanda de seu apartamento, mas ele correu para dentro de casa quando olhamos para cima. Remo me soltou e começou a tatear os bolsos da roupa, até que encontrou o que procurava.
- O motivo pelo qual eu não consegui alcança-la ainda em Londres foi porque precisei ir até minha casa procurar por isso.
- Remo, você não... – falei assustada quando vi que ele puxou uma caixa antiga do bolso
- Comprei isso há 16 anos e não tive a oportunidade de lhe dar, mas guardei comigo, não consegui me desfazer. Bom, antes tarde do que nunca, certo?
- Eu... eu...
- Sei que não posso oferecer muita coisa, mas acho que depois de tudo que passamos, conseguimos enfrentar qualquer coisa e...
- Ah Remo, você sabe que eu nunca me importei com isso! Isso nunca foi problema e não é agora que vai começar a ser.
- Você disse sim há 16 anos atrás. Então, ainda quer casar comigo?
- Claro que eu quero...
Remo pôs a aliança que havia comprado quando me pediu em casamento pela 1ª vez no meu dedo e me abraçou, me beijando. Minhas pernas estavam fracas e sentia que estava tremendo, ainda sem acreditar que há menos de 10 minutos estava pensando que nunca mais fosse beijá-lo outra vez. Scott gritou de novo da sacada, mas dessa vez não se escondeu quando olhamos para cima, tinha um sorriso tão largo quanto os nossos. Ele jogou as chaves e subimos ao encontro dele. Agora ali era nossa casa, não mais só minha.
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