Thursday, April 07, 2011

Londres, Julho de 1981

Quando nos formamos em Hogwarts e entramos para o St. Mungus, Sam, Mirian e eu também fizemos a loucura de entrar para uma faculdade trouxa de medicina. Era o nosso sonho, não só nos tornarmos curandeiras, mas também médicas. Queríamos poder salvar pessoas de todas as maneiras possíveis. No começo parecia uma idéia de louco, trabalhar no St. Mungus e estudar medicina ao mesmo tempo, mas com o passar dos meses, não parecia mais uma idéia louca. Estava comprovado.

Já estávamos na faculdade há dois anos, e era hora de começar nosso estágio em um hospital de verdade. Faltando agora dois anos para a formatura, as aulas teóricas já não eram mais suficientes. Era hora de aprender na prática. Cursávamos medicina em Oxford e agora nosso estágio seria no John Radcliffe Hospital, que fazia parte da universidade. Ainda não éramos médicas, então não podíamos atender nenhum paciente sem supervisão, apenas avaliá-los. Quando chegamos ao hospital, uma residente estava nos esperando. Era a Dra. Bailey. Já conhecíamos sua fama, ela era osso duro, mas uma excelente médica, e ia ser aquela que ia nos vigiar de perto e avaliar cada respiração que déssemos.

- Cada um de vocês vem aqui hoje cheio de esperança, querendo entrar no jogo. Um mês atrás vocês estavam na escola, sendo ensinados por professores. Hoje... Vocês vão começar a entender o que é ser médico. – ninguém nem respirava, ouvindo-a falar - Os sete anos que vocês passarão aqui como residentes serão seus melhores e piores. Vocês serão exigidos até não agüentarem. Olhem ao redor. Digam "oi" à sua competição. Oito de vocês vão mudar para uma especialidade mais fácil. Cinco de vocês vão quebrar sob pressão. Dois de vocês serão expulsos. E apenas dois chegarão ao final. Essa é sua linha de largada. Essa é sua arena. Quão bem vocês jogam... Bom, isso depende de vocês.

Ela saiu andando pelo hospital e ficamos parados, olhando um pra cara do outro, tentando descobrir quais daquelas 20 pessoas seriam os dois que chegariam até o final, até que ela gritou os nomes dos cinco que deveriam acompanhá-la e corremos para alcançá-la.

Eu ainda não havia me formado, mas sabia o que queria ser. Na verdade, eu não conseguia pensar em nenhum motivo pelo qual eu deseje ser cirurgiã, mas posso pensar em milhares pelos quais devia desistir. Eles tornam as coisas difíceis de propósito. Vão existir vidas em nossas mãos, momentos quando será mais do que somente um jogo. E ou você dá um passo a frente ou se vira e vai embora. Eu podia desistir ali mesmo, antes de começar, mas... Eu adoro o plano desse jogo. Eu ia ser um dos dois que iam chegar ao final, não importa o quão difícil seja o caminho até lá.

ººººº

2 meses depois

- Ok pessoal, já chega, não há mais nada a ser feito – a Dra. Bailey mandou que nos afastássemos – Hora da morte, 17:16.

Saímos da sala onde o paciente havia acabado de morrer para que os enfermeiros limpassem o local e Sam veio correndo empurrando uma maca com George Wade. Dra. Bailey mandou que parassem onde estavam.

- O que nós temos aqui?
- Katie Bryce, 15 anos, convulsões intermitentes na última semana.
- Tudo bem, e porque ela não está se lado se está tendo convulsões? Samantha, você está no comando dessa paciente, faça todos os exames necessários e certifique-se de que ela continuará viva até que eu tenha os resultados na mão. George, vá fazer a ronda e já subo para me passar o relatório. Louise, Leve o Sr. Cobbs até a sala de anatomia e espere o médico legista fazer a autopsia e lhe dar resultado. Ele já está morto, mas é sua responsabilidade que nada aconteça, entendeu?
- E eu, Dra. Bailey? – Mirian perguntou.
- Você vai avisar a família do Sr. Cobbs o que aconteceu.
- Eu... Nunca fiz isso antes – Mirian gaguejou – Alguma dica?
- Sim! – ela falou com sua voz de irritação e já sabíamos que o que ela ia dizer não ia ser de grande ajuda a Mirian - Fique preparada para eventuais desmaios. Uma vez uma senhora desmaiou depois da noticia, bateu a cabeça e não se lembrava de nada. Tive que dar a noticia de novo. Não foi nada agradável. Agora vão, o que ainda estão fazendo aqui?

Ela encarou cada um com um olhar impaciente e cada um correu para um lado. Eu fui com a maca do homem na direção do elevador. A sala de anatomia ficava no 5º andar e era o pior lugar do hospital. Odiava ter que ir lá por qualquer que fosse o motivo, mas ter que ficar lá esperando uma autopsia era desesperador. Ok, eu quero me tornar curandeira e médica e lidar com cadáveres faz parte do meu dia-a-dia, mas porque precisa existir uma sala onde todos eles ficam guardados?

Não tinha ninguém quando cheguei. Ao menos ninguém vivo. Coloquei a maca perto da mesa e esperei. Esperei cerca de cinco minutos e já estava me sentindo sufocada, então corri para a janela e a abri para conseguir respirar. Ia ficar ali, sentada ao lado da janela aberta respirando devagar até que o legista resolvesse aparecer para acabar com a tortura. Era patético, eu sabia disso, mas cadáveres demais juntos me faziam pensar que, se um deles por ventura se movesse, eu seria a próxima a estar guardada em uma daquelas gavetas.

Já estava ali sozinha há meia hora e nem sinal do legista. Já estava entrando em pânico, quando a porta abriu. De inicio me assustei, afinal, estava um silêncio ironicamente mórbido, mas respirei aliviada quando vi Mirian entrar empurrando outra maca com um corpo em cima.

- O que aconteceu? – perguntei caminhando até ela e ajudando a colocar a maca no lugar.
- Bailey me mandou trazer outro corpo pra cá. Ela está de mau humor hoje, notou que só está nos dando tarefas que os enfermeiros poderiam fazer?
- Ela me odeia. Ela odeia a todos nós.
- Será que também vamos odiar nossos internos, quando formos residentes?
- Estou certa que sim. Vou descontar neles tudo que descontam em mim. Como foi dar a noticia de morte?
- Nada agradável, mas ninguém desmaiou, então só precisei fazer uma vez. O que houve? Você está pálida.
- Não gosto daqui. Nas aulas de anatomia tudo bem, a turma está todo aqui, mas sozinha? Nem pensar.
- Lou, por Merlin, você é uma bruxa! Está com medo de que? Alguém se mexer?

Foi uma sucessão de erros. Mirian, debochando do meu medo, pegou a mão do cadáver que tinha trazido e a sacudiu. Quando ela mexeu com a mão do homem, ele levantou da maca, deu um suspiro como se estivesse sem ar e caiu deitado outra vez. Nós duas começamos a berrar enlouquecidas, eu tropecei no meu próprio jaleco e esbarrei na maca que tinha trazido mais cedo. Na tensão de estar naquela sala, esqueci de travar as rodas, e quando esbarrei nela, ela desceu pela sala na direção da janela. A maca bateu com violência no parapeito e voltou, mas o corpo dentro do saco deslizou pelo metal e escorregou janela afora.

- Ai Merlin, ai Merlin, ai Merlin! – comecei a repetir sem parar e corremos para a janela. O corpo estava estirado no meio do pátio, lotado, e as pessoas gritavam.
- O que aconteceu? – George colocou a cabeça pra fora alguns andares abaixo – Foram vocês?
- Foi sem querer! – Mirian gritou de volta pra ele – Merlin, e agora?
- Bailey vai me matar!
- Pode ter certeza que sim! – a voz dela surgiu por trás da gente e saltamos assustadas – Quem vai me explicar porque acabei de ver o corpo do Sr. Cobbs passar feito um pássaro morto pela janela onde eu estava?
- Foi um acidente! Ele se mexeu! – falamos ao mesmo tempo, nos atropelando nas palavras.
- Dei um paciente morto a vocês, e ainda assim o perderam.
- O outro corpo, ele se mexeu, levantou da maca – falei sozinha agora – Eu me assustei e esbarrei na maca do Sr. Cobbs. Estava sem a trava e deslizou, não deu tempo de segurar.
- Ele teve um espasmo, isso é comum, como vocês já deveriam saber – ela cobriu o outro cadáver e estava muito irritada – Se soubessem disso, não teriam dado um ataque histérico e não teriam atirado meu paciente pela janela!
- Desculpe, Dra. Bailey – Miriam falou ainda recuperando o fôlego.
- Não há desculpa plausível para isso. Como eu explico a uma esposa que já está chorando o porquê do marido morto dela estar jogado no meio do pátio?
- Eu posso falar com ela – me ofereci de imediato, embora não soubesse o que ia dizer.
- Não, você já fez demais por hoje, as duas fizeram. Travem a outra maca e desçam ao pátio imediatamente para trazer o corpo dele de volta pra cá, e então me esperem na recepção. Não ousem sair de lá até eu voltar.

Passamos por ela apressadas e nenhuma das duas ousou olhar pra trás. Ela estava uma fera e não tínhamos duvida de que íamos ser punidas pelo deslize. George e Sam estavam no corredor esperando que passássemos com uma explicação, mas só gesticulamos que explicaríamos depois e passamos correndo, antes que ela nos visse paradas sem fazer o que mandou. Estava cheio de curiosos em volta do corpo do Sr. Cobbs, mas espantamos todos e o colocamos de volta na maca, voltando para a sala. Dessa vez me lembrei de travar as rodas e voltamos pra recepção para esperar nossa sentença.

- Não acredito que vocês jogaram um corpo pela janela – George tentou não rir, mas não teve muito sucesso.
- Não acredito que vocês ainda estão vivas, isso sim – Sam também ria – Precisavam ver a cara da Bailey quando viu o corpo dele passar voando.
- Vocês estão ferradas – George agora já não tentava não rir.
- Wade, Wood, vocês não tem nada pra fazer? – Bailey apareceu na recepção e os dois gaguejaram qualquer coisa inaudível antes de desaparecer – Agora, vocês duas. Até que eu diga o contrário, ninguém toca em nenhum paciente, vivo ou morto. Estão vendo aquela pilha de pastas ali? São relatórios incompletos, que nenhum médico desse hospital termina de preencher. Divirtam-se. – olhamos para a pilha de pastas desanimadas e ela continuou nos encarando séria – E se eu ver uma das duas perto de algum paciente sem a minha autorização... Nem queiram pensar no que vai acontecer com vocês.

Bailey saiu da recepção tão furiosa que as pessoas abriam caminho pra ela. Olhei para Mirian incrédula, mas não tinha nada que pudéssemos fazer além de revisar e completar todas aquelas fichas. Definitivamente, não se deve jogar um cadáver pela janela.

Saturday, January 22, 2011

A verdade sobre a Profecia

Lembranças de Mirian O. C. Chronos

Dezembro de 2014

Eu acordei assustada e sem fôlego. Meu peito movia-se rapidamente, enquanto eu tinha aquela pressão na garganta, como se fosse um mal pressentimento.

Lu se mexeu do meu lado, mas não acordou e eu o olhei preocupada.

Eu sentia algo errado. Mas não sabia explicar o que era.

Não era nada imediato, disso eu sabia, mas sim algo que demoraria a acontecer. Mas algo estava para acontecer.

Me acalmei antes de mais nada e fechei os olhos. Concentrei-me nas defesas da casa e respirei aliviada ao perceber que nada estava fora do normal. Os aurores que ficavam de guarda ainda estavam em ronda. Desde que os vampiros iniciaram novos ataques, os membros de minha família eram protegidos 24 horas do dia por nossos aurores e também do Ministério. Além de nossa família, alguns de nossos amigos, que no passado foram alvos, como Renomaru, os Mcgregors, os Lupin e os Kinoshita, também recebiam proteção.

Eu levantei da cama lentamente, sem querer alarmar meu marido e segui para o quarto de Artemis. Eu sentia necessidade de vê-la.

Abri a porta de seu quarto e a observei dormir tranquilamente. Eu a observei com carinho, enquanto ela continuava a sonhar. Corri os olhos pelo quarto mas não havia nada de alarmante e tudo estava no lugar. As diversas flores que ela possuía perfumavam o quarto e as fotos de seus amigos acenavam pra mim. Lembrei do turbilhão de sentimentos e dúvidas que ela sentia e sorri, pensando que ela tinha uma adolescência como todos.

Então foi como se eu visse algo... Algo que estava diante de mim há anos, mas que eu nunca havia percebido. Na verdade foi um conjunto de coisas.

Observando minha filha dormindo ali, eu finalmente percebi o quanto de poder ela possuía e o quanto ela ainda passaria... Senti lágrimas nos olhos, não de tristeza, mas de orgulho. Ela estava se tornando uma mulher e seria uma grande mulher.

Porém me veio a mente algo que me deixou assustada. E ele confirmou ao aparecer diante de mim.

- Mirian. – Chronos falou, materializando-se no ar. Eu sabia que ele jamais sairia do lado de minha filha e isso me deixava tranqüila.

- Chronos... O que realmente Artemis significa?

- Ela será a nova Rainha. – Ele disse sem rodeios e eu entendi. Poucos entenderiam aquela frase. Eu senti um pouco de medo, mas o olhar de Chronos, cheio de confiança e força, me serviram para me acalmar.

O termo “Rainha” estava presente na história dos Chronos como aquela que seria a grande líder do clã. Ela teria grandes poderes e seria um ser humano grandioso como poucos. Mas também o termo era cheio de preocupações e com um peso monstruoso. A Rainha em geral passava por dificuldades, carregando o peso de proteger a família consigo. Havia também um perigo maior para a Rainha, já que com tanto poder em suas mãos, elas tendem a atrair seres sedentos de poder para elas, ou até pior: podem se corromper e tornarem-se o oposto do que deveriam. Jamais na história dos Chronos uma Rainha corrompeu-se, porém elas sempre atraíram pessoas sedentas de poder, tendo muitas vezes sua história marcada por sangue e tristeza.

- Eu preciso ver uma coisa. – Eu falei e ele assentiu.

- Imaginei que seria você a perceber.

Ele falou, e me seguiu enquanto eu descia apressada as escadas, indo para a biblioteca.

Parei diante de uma das estantes e toquei um livro com minha mão. O livro piscou e abriu-se, revelando uma caixa de madeira simples com o símbolo dos Chronos. A abri apreensiva e uma única esfera estava em seu interior. Era uma profecia, a Profecia dos Chronos. Eu a toquei com a varinha e aguardei que a voz, de Gomeisa e de Chronos, repetisse a profecia que eu já decorara.

A Fúria do Deus surgirá novamente, destruidora.

O Sangue de Luz brilhará intenso, dando novas energias a eles.

A Luz do Deus estará na Terra novamente, purificando-a.

Suas armas, a lança e a foice voltarão a cortar os céus.

Suas asas voltarão a bater.

Suas armaduras voltarão a resplandecer.

Seus olhos voltarão a brilhar em dourado e prata.

Terras tremerão, Céus brilharam.

O som de suas asas fará as trevas tremer.

O brilho de seus olhos fará os malignos perecer.

A força de sua bondade fará os bons se alegrarem.

Pois o Deus estará na Terra.

Mesmo que para isso, seus filhos amados devam antes perecer.

Mesmo que sua mais amada filha, sua Encarnação venha a sacrificar-se.

Porém, do pó eles ressurgirão, mais poderosos do que nunca.

E a justiça voltará à Terra, através de um de seus filhos.

Era a segunda parte da profecia que me interessava. E confirmei minhas suspeitas.

Por anos, nossa família achou que a profecia dizia respeito a Voldemort, a Gomeisa, Alderan e Alucard. Porém, algo nessa noite me fez perceber o que ela realmente dizia. Ela dizia respeito a Artemis.

- Não se deve tentar controlar profecias ou achar que sabe-se tudo que elas querem dizer. – Chronos falou e eu olhei para ele. Havia lágrimas em seus olhos.

- A profecia diz respeito a Artemis?

- Sim.

- Por que nunca percebemos? – Eu falei assustada e cai sentada no sofá.

- Pois vocês sempre estiveram preocupados com o perigo iminente de Voldemort e não imaginavam as proporções que Cadarn poderia tomar.

- O que isso significa, Chronos? – Eu perguntei alarmada. Ele ajoelhou-se diante de mim e pegou minha mão e logo me senti mais calma.

- Significa que precisaremos ser fortes. Artemis é a garota dessa profecia, ela é o filho dos Chronos que trará a luz de volta.

- É ela a filha que se sacrificará? – Eu perguntei, com um nó na garganta. Chronos me olhou antes de responder.

- Ainda não está definido.

- O que podemos fazer? – Eu perguntei, agora chorando intensamente. A incerteza da dúvida era avassaladora.

- Nos preparar, e a ela também...

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- Senhor, isso é tudo que eu sei. – Maxmillian falou, curvando-se para Cadarn. O Ancião ficou parado, encarando o teto.

- Ainda há algo faltando, Maxmilliam. – Cadarn falou, observando seu seguidor com intensidade. – Mas sei que não poderia me responder.

- Cadarn, pouco conhecemos da história dos Chronos. Precisamos pesquisar mais, não podemos esperar derrotá-los sem conhecê-los. – Gustav falou.

- Eu concordo com você, Gustav. Eu conheço os Capter, pois eles vieram do Egito como eu. Mas nada sei dos Chronos.

- Também nada conheço, o único interesse que sempre tive na Inglaterra é em Azkabhan.

- Isso é um perigo para nossas táticas... Precisamos ter certeza que conhecemos seus mistérios e seu passado, pois sinto que há muitos mistérios nessa família.

- Os vampiros oriundos daqui ou que vivem há muito tempo aqui poderiam nos ser úteis, porém Siegfried os protegerá a qualquer custo. – Gustav falou, adivinhando as táticas de Siegfried.

- Senhor, possuímos duas opções: tentar invadir a sede britânica, pois a biblioteca dos Chronos possui toda a história documentada de seu passado, ou tentar invadir o Ministério. Dizem que o Ministério possui ao menos parte da história das famílias mais tradicionais. – Maxmilliam falou, e Cadarn sorriu.

- Continue.

- Enquanto estive com os Chronos, soube da existência desses arquivos, mas não tive acesso a eles. Os segredos da família, como seu passado e o segredo de suas defesas, é restrito à cúpula da liderança. – Maxmilliam continuou, sendo observado por Cadarn e Gustav. Apenas os três estavam na sala.

- Então... Nos resta encontrar os arquivos do Ministério... – Cadarn falou.

- Não acho que encontremos muitas coisas. Há anos algumas das famílias pediram que seus arquivos foram retirados. Os Chronos devem estar entre eles. – Gustav comentou.

- Mas devemos investigar. Precisamos pesquisar sobre os Chronos, sinto que está faltando algo importante... Ainda é muito fraco e mistura-se aos demais Chronos, mas há um poder escondido entre eles que começa a interferir nos meus... Precisamos descobrir o que é e eliminá-lo.