Junho de 1979
Lembranças de Mirian O. Capter
- Sim, Alucard Wingates Chronos, eu aceito.
Com um beijo nós selamos nosso noivado. Eu sabia que iria viver toda a minha vida ao lado dele, mas não esperava um pedido de casamento antes mesmo de sairmos da escola. Mas ele sempre me surpreendia. Ainda mais com o local onde me pediu em casamento, no meio da cerimônia de pose do clã Chronos, como quase toda a comunidade bruxa internacional assistindo. Nunca me senti tão vermelha, mas também nunca fui tão feliz. O mundo pareceu desaparecer enquanto ele segurava minha mão e eu via o brilho de felicidade de seus olhos.
Ele era tudo que eu havia sonhado, e muito mais. Bondoso, carinhoso, amoroso, educado, fiel, amigo, companheiro, lindo, fofo, único. Desde a primeira vez que o vi, eu sabia que havia me apaixonado. Nunca me esquecerei aquele dia.
- Vamos filha, estou tão animado! Minha única filha está indo para Hogwarts! – Papai falava rindo enquanto me abraçava e corríamos para o trem. Havíamos nos atrasado um pouco e a estação estava praticamente vazia, e os alunos acenavam de dentro do trem.
- Rápido querida, corra. Assim que chegar em Hogwarts mande-os uma coruja avisando e contando como foram os primeiros dias! – Mamãe falava também feliz enquanto me passava a mala para dentro do vagão.
- Vou sentir saudades de vocês!! E se eu não me acostumar com a distância? – Falei com algumas lágrimas nos olhos, pois sempre fui muito ligada a eles.
- Você encontrará novos amigos lá, capaz até de nos esquecer! – Papai falou sorrindo.
- Nunca faria isso!
- Tenho certeza minha querida, você encontrará amigos únicos e verdadeiros naquela escola. Você encontrará sua felicidade ali. – Mamãe falou com um toque de certeza, e não sei porque fiquei encabulada.
- Amo vocês! – falei enquanto o trem se afastava. Eu consegui achar uma cabine sossegada e vazia e me sentei nela. Eu não conhecia praticamente ninguém, uma vez que a maioria da minha família estudava em Beauxbatons e Durmstrang, apenas eu iria para Hogwarts e tinha um pouco de medo. Será que eu realmente faria amigos?
Enquanto eu pensava nisso, um garoto passou pela minha porta e parou para me olhar. Seus olhos verdes eram os olhos mais lindos que eu já havia visto e seus cabelos loiros pareciam refletir a luz. Eu fiquei sem fôlego. Por um momento também parecia que ele havia ficado estático, sem fôlego também, e ficamos apenas nos olhando, como se pudéssemos ver mais do que apenas o que os olhos permitiam. Ele sorriu e se sentou próximo de mim. Seu sorriso também era lindo, e tive que me segurar para não suspirar. Ele parecia algum ser enfeitiçado.
- Olá, você é nova também? Muito prazer, me chamo, Alucard Wingates Chronos, e você?
- Prazer. Meu nome é Mirian Ofiandes Capter. Você é dos Chronos?!
- Sim, sou do clã, filho dos líderes. E você é dos Capter! Pensei que todos fossem para Durmstrang ou Beauxbatons.
- Eu sou a única que vim para Hogwarts, não queria ir para Durmstrang nem Beauxbatons.
- Seria realmente um desperdício você ir para Durmstrang... – ele falou meio corando e eu também corei, e nós ficamos um pouco quietos, e quando ele ia puxar mais conversa uma outra garota, também novata apareceu. Ela também era linda, e sua presença transmitia uma sensação boa. Parecia que eu já a conhecia.
- Ah, Lu, você estava aqui. Quando me deixou sozinha lá atrás achei até que ia ficar perdida.
- Olá, Alex, vim passear um pouco pelo trem. Está é a Mirian Capter, Alex. E Mirian, está é a Alexandra Mcgregor.
- Muito prazer, Mirian.
- O prazer é meu, Alexandra.
- Pode ser apenas Alex. Você vai continuar andando pelo trem, Lu?
- Vou sim, eu já vou. Você quer ir conosco, Mirian?
- Não, obrigada. Estou meio cansada. – Na verdade não sabia quanto tempo poderia ficar ao lado dele sem ficar louca. E tinha um pouco de ciúme da Alex.
- Eu vou indo na frente então, Lu. Te espero no próximo vagão. – Ela falou enquanto saia me dando um tchauzinho. Ficamos em silêncio novamente e não consegui resistir a comentar.
- Sua namorada é muito bonita.
- Namorada? Não. A Alex é apenas uma amiga, acabamos de nos conhecer. Mas parece que a conheço há muito tempo...Você não quer mesmo vir? Seria divertido ter você conosco. – o olhar dele praticamente implorava, mas estava realmente cansada.
- Muito obrigada, Alucard. Mas estou mesmo meio cansada.
- Tudo bem, nos vemos depois. Talvez possamos ir para a mesma casa! – Ele falou enquanto me dava um tchau e saia.
Ele ficou gravado em minha memória. Sem saber eu havia me apaixonado completamente. Ele emanava uma aura de bondade, parecia ser uma ótima pessoa e sem conseguir esconder a felicidade, pensei que era bom ele e Alex não serem namorados. Acabei cochilando, e em meus sonhos vi seu rosto e seus olhos verdes...
Pouco tempo depois, conheci a irmã dele, Celas, uma garota tão linda quanto o irmão, porém parecia mais bela devido a sua maturidade. Ficamos amigas e ela notou que eu gostava dele. Por isso quando houve uma festa na Lufa-Lufa e fui convidada, ela fez de tudo para que eu fosse e me declarasse pra ele. Mas eu tinha medo de não ser correspondida, apesar de no fundo saber que ele também gostava de mim. Nós passávamos muito tempo juntos, pois nós dois entramos para a Grifinória e ele sempre parecia querer estar comigo e me ajudar. Aos poucos me apaixonei ainda mais, e vi que ele realmente era uma ótima pessoa. Na festa não resisti e me confessei pra ele. Seus olhos brilharam de felicidade e ele me beijou.
A melhor sensação do mundo. Por anos eu não teria uma sensação melhor que o beijo dele. Meu primeiro beijo foi o mais lindo que poderia ser, cheio de um amor puro e verdadeiro. Era o primeiro beijo dele também, mas parecia que já havíamos nos beijado antes. Eu parecia conhece-lo há anos, talvez há vidas passadas e me senti completa. Minha felicidade começou ali e nunca fui tão feliz. Sempre graças a ele. Começamos a namorar e ficamos amigos de diversas pessoas. Minha vida em Hogwarts estava apenas começando, mas já estava radiante de felicidade.
- Está pensando em que, Mi? – Lu me perguntou enquanto me puxava para um abraço e me beijava no rosto.
- Lembrando do meu primeiro dia em Hogwarts. Você se lembra?
- Claro que me lembro! – Ele ficou encabulado antes de continuar – Foi o dia em que te conheci, como esqueceria. Nos conhecemos no trem, e desde então não parava de pensar em você.
- E eu em você...Mas foi sua irmã que me fez criar coragem para me declarar. – Nós dois andávamos pelos corredores da escola. Decidimos visitar cada centímetro daquela escola juntos, relembrando nossos momentos juntos.
- Ela foi nosso cupido, pois vivia me falando que você também gostava de mim, mas eu ficava em dúvida. Nunca havia sentido por alguém o que senti por você. Quando nossos olhos se cruzaram aquela vez no trem, eu senti um arrepio me percorrer, e uma sensação maravilhoso de estar contemplando um pedaço de mim que estava faltando... – Nós paramos ao lado de uma armadura e encostamos a mão nela, sentindo o aço frio, e lembrando das vezes que usamos essa passagem secreta.
- Quando nos conhecemos, eu senti como se não fosse a primeira vez que havia visto você. Parecia que já havíamos nos encontrado. Pelo menos nossas almas pareciam unidas. Quando ficamos juntos foi como se eu estivesse sendo completada.
- Eu também...Eu amo você, Mirian.
Ele me beijou e ainda hoje acho incrível como cada beijo me deixa sem ar, faz meu coração palpitar e querer sair pela boca. Nós ficamos o resto do dia conversando e caminhando pela escola, voltando as salas de aula, as estufas, aos jardins, relembrando e nos emocionando...Ao final do dia, nos separamos, pois sabíamos que as aulas estavam terminando naquele dia e cada um queria conversar com um professor em particular. O Lu ia procurar a Mcgonogall, a professora favorita dele, e eu sabia que ele voltaria à sala da Endora, relembrar a professora que foi a segunda mãe dele. E eu iria procurar o Diretor, queria muito agradecer tudo que ele me ensinou.
Quando cheguei a entrada de seu escritório, disse a senha para a gárgula de pedra e fui aceita, subindo lentamente os degraus em espiral. Cada passo era uma lembrança, cada lembrança mais intensa e diferente da outra. Relembrei de quando fui chamada porque o Lu havia sido torturado na Floresta. Quando ele foi seqüestrado. Quando ele foi mordido e estava a beira da morte. Para receber a notícia de que os Chronos haviam sido atacados. Quando o Lu fugiu de Hogwarts. A maioria das vezes que fui chamada a esse escritório foi por causa do Lu, e isso me fez rir e me emocionar, me lembrando das situações que ele me fez passar. Sempre ficava triste e enfurecida por ele fazer esse tipo de besteira, mas também ficava preocupada a ponto da dor física. Mas também havia as lembranças boas. Meus pais indo me visitar para contar de meus dons. Dumbledore me chamando para conversar sobre meus dons (isso foi uma surpresa). Dumbledore me convidando para treinar. Os diversos dias de treinamento, em que ele me ensinou tudo que eu sei hoje. O Diretor dizendo que me considerava uma aluna especial. Eu e Lu treinando juntos. Não era a toa que Dumbledore era o professor que eu mais gostava e que mais admirava.
- Entre. – Ouvi sua voz calma e conhecida falando do outro lado da porta.
- Com licença, professor. – Falei enquanto entrava, ainda meio sem jeito de procura-lo sem um motivo em especial. Ele estava sentado em sua mesa, com a Penseira a sua frente enquanto escrevi alguns documentos. – Desculpe-me atrapalha-lo.
- Ah, Mirian! Como é bom vê-la! Você não está me atrapalhando nunca. – Ele sorriu e seus olhos por trás dos óculos revelavam alegria. Assim que entrei ouvi um pio alto e uma ave de um vermelho intenso como o fogo voou para os meus braços, aninhando-se em meu peito. Era Fawkes a fênix do diretor, que devido ao meu treinamento com ele, afeiçoara-se a mim.
- Boa tarde também, Fawkes. Diretor, eu gostaria de conversar um pouco com o senhor.
- Mirian, nós treinamos juntos por meses e você ainda me chama de diretor? Gostaria de pelo menos o Dumbledore.
- Desculpe, Dumbledore. Eu respeito demais o senhor, então as vezes não consigo chamar apenas pelo nome.
- Não se preocupe, eu também respeito você e a considero bastante. A propósito, parabéns pelo pedido de casamento. Eu já devia imaginar que o Alucard faria algo do tipo.
- Obrigado, Dumbledore. Obrigado também por comparecer à cerimônia. – Falei encabulada lembrando-me da cena, mas não sem deixar escapar um sorriso.
- Não faltaria a uma cerimônia como aquela. Meus parabéns também por assumir o Clã Chronos, é um clã importante para a segurança bruxa. Eu conheci o avô do Alucard, eles se parecem muito.
- Já me falaram a mesma coisa. Inclusive no gênio.
- Sim, os dois são extremamente teimosos, mas fiéis e corretos. Admiro isso neles. Mas o que a traz aqui, estou mudando o assunto o tempo todo.
- Ah sim....Eu queria...Na verdade, eu queria muito agradecer por tudo que você fez por mim. Por ter me ensinado e treinado. O senhor não sabe a honra que isso significa para mim! – Falei enquanto encarava seus olhos azuis, feliz por ele poder entender meus sentimentos.
- Meus alunos em geral tem o costume de se menosprezarem. Essa turma que vai se formar esse ano, é uma das melhores turmas em anos, com tantos alunos bons, todos corajosos e fortes. Eu que sinto orgulho de ter ensinado a vocês. E sinto um orgulho especial por ter lhe administrado aulas particulares, Mirian. Não se é todo dia que tem a chance de conviver com alunos especiais como vocês. E você é uma aluna que eu considero realmente especial. Posso dizer que em você eu vejo a filha que nunca tive e que gostaria de ter. Fico feliz por ver que meus ensinamentos lhe fazem bem e lhe ajudam.
- Dumbledore, eu não... Eu não sei como agradecer, realmente não sei. Muito obrigada pela consideração, e tenha certeza que você é como um pai para mim também. Aprendi muito com você, não apenas feitiços ou encantamentos, mas aprendi sobre a própria vida. – Eu estava me emocionando, e lágrimas escorriam de meus olhos e notei os olhos do professor brilhantes também. Fawkes soltou um pio alto e começou a cantar para mim, enquanto enxugava minhas lágrimas com suas penas macias.
- Não chore, criança. Eu não tenho dom nenhum para presciência, mas posso ver um futuro maravilhoso para você. Na verdade, eu desejo isso de coração. E tenho algo para você. – Dizendo isso ele se levantou e cruzou o escritório até uma de suas estandes, deixando-me sentada, curiosa e confusa. Ele trouxe uma caixa que cabia em sua mão e entregou para mim.
– Considere um presente de formatura e um presente de casamento. Vamos aceite.
Eu peguei a caixa com delicadeza com minhas mãos tremulas e a abri. Fiquei surpresa ao ver o que era. Era um artigo mágico raro, que ele próprio havia mencionado para mim. Era uma pedra de magia, uma pedra rara que era composta por energia mágica condensada e solidificada, às vezes conhecida como Pedra de Ísis.
- É uma Pedra de Ísis! Professor eu não posso aceitar algo assim! – Tentei devolve-la para ele, mas ele as empurrou de volta para mim com um sorriso.
- Claro que pode! Essas pedras são especiais, se você concentrar sua energia e sua vontade nela, elas perduraram para sempre com esse sentimento, como amuletos. Podem ser amuletos de boa sorte, de proteção, ou até mesmo de maldição. Por isso são tão raras e perigosas, mas confio e conheço você para confiar minha Pedra de Ísis, assim poderá proteger todos aqueles que lhe são importantes.
- Professor...Digo, Alvo. Muito obrigada mesmo! – Eu não pude mais me conter e me levantei, abraçando-o com força, sabendo que sentiria falta de sua presença como professor e amigo. Ele me abraçou também e Fawkes estava acima de nós olhando. Em seguida, sem graça por meu ímpeto, pedi desculpas, mas havia um sorriso em seu rosto que me deixou feliz.
- Não precisa se desculpar, Mirian. Guarde essa pedra, até você achar a hora certa de usa-la. Novamente, meus parabéns.
- Nunca me esquecerei de tudo que o senhor fez por mim, e pelo Alucard também. Seria uma honra para mim se pudesse manter contato com o senhor.
- Claro que manteremos contato. Esquecesse que lutamos juntos? – Ele deu uma piscadela, me lembrando da Ordem, e mostrando que continuaríamos lutando lado a lado. Isso me fez lembrar do clã, e pela primeira vez realmente notei o tamanho da tarefa que eu recebi. O clã seria de enorme ajuda para a Ordem, e eu faria de tudo para ajuda-la.
- Sim, sempre lutaremos juntos. Alvo, eu devo ir então, já atrapalhei demais o senhor.
- Já disse que você não me atrapalha. E eu queria mesmo conversar a sós com você, para lhe dar esse presente.
- Obrigada novamente, só mais um assunto. Quando eu tiver meus filhos, será com um orgulho e satisfação enorme que os colocarei sobre seus cuidados, para que você possa ensina-los tudo que me ensinou.
- Será com prazer que continuarei educando bruxos, seus filhos em especial.
- Obrigada novamente, Alvo. Nunca esquecerei tudo que fez. Obrigada de verdade.
Nos despedimos novamente enquanto eu pedia licença para me retirar. Ele sorriu e seus olhos brilhavam por trás dos óculos de meia-lua. Fawkes vôo para meu colo e a abracei novamente, acariciando sua cabeça. Ela cantava para mim e notei que o tempo todo em que conversei com o diretor, ela cantava ao fundo, como uma dádiva para mim, o presente dela pela minha formatura.
Sai de lá com lágrimas nos olhos, mas leve e feliz como nunca. Abraçava com todas as forças contra meu peito a caixinha que Dumbledore me deu, pois ela era valiosíssima para mim, não apenas pelo poder daquela pedra, mas principalmente pelo teor sentimental que ela continha. A Pedra de Ísis é uma pedra raríssima, na verdade não é nem uma pedra, é pura energia mágica concentrada, que tomava a forma de uma pedra sólida. Era um artefato tão raro que poucos sabiam de sua existência, e um número ainda menor a possuía, mas um número enorme de pessoas matariam por ela. Por ser pura magia condensada, ao simplesmente se concentrar em um desejo, ela amplificava esse desejo perdurando para sempre como uma espécie de amuleto. Com os encantamentos corretos, ela poderia se tornar o maior artefato de defesa já visto, capaz de proteger que a possuísse sem nem mesmo a pessoa notar. O Diretor estava certo, eu a usaria com certeza. Nunca para mim, apenas para aqueles que eu amava. E mesmo se eu deixasse de existir, ela manterá para toda eternidade o meu amor, carinho e proteção.
Encontrei-me com o Lu no saguão, onde havíamos combinado. Vi que ele estava tristonho e vi que ele havia chorado. Visitar o gabinete da Endora era um choque para ele ainda, pois ela fora a segunda mãe dele, uma das pessoas que o ajudou a enfrentar seus problemas e a dominar seus dons, usando-os para o bem. E também devido a conversa com a Professora Mcgonogall, pois apesar dela ser séria, ela tem um carinho enorme por seus alunos, e tenho certeza que os dois se emocionaram. Ele também trazia um pequeno embrulho nos braços e o levantou sorrindo para mim enquanto nos abraçávamos. Ele também notara que eu estava emocionada.
- Então conversar com o Dumbledore também foi emocionante pra você, né?
- Com certeza...Cada vez eu o admiro mais...Você não vai acreditar o que ele me deu!
- A Minerva também me emocionou. E coincidentemente, ela me deu um presente também. Veja, é o uniforme que eu usei nos jogos de Quadribol, e essa ampulheta. Na verdade é uma espécie de diário dela, que ela decidiu confiar a mim, mas o transfigurou na forma de uma ampulheta e me deu de presente. Disse que aqui há diversos feitiços que ela gostaria de ter me ensinado...Vou sentir falta dela...E o que o Diretor deu a você?
- Você não vai acreditar... – Eu abri a caixinha e mostrei a ele. Os olhos dele também se arregalaram e não segurou uma exclamação de surpresa.
- EU NÃO POSSO ACREDITAR! É o que estou pensando?!
- Shhhh!! É isso sim. Ainda estamos na escola, mas você deve saber que algum aluno já ouviu falar dela. É um segredo para mim.
- Alvo é um homem incrível realmente...Sinto-me tão honrado de ter sido ensinado por ele...O que pretende fazer com ela? – Ele perguntou, mas já sabia minha resposta. Nós nos conhecíamos a ponto de um poder antecipar os pensamentos do outro, sem a necessidade de Oclumência nem nada.
- Quando tivermos filhos, colocarei todo meu poder nela para criar amuletos para eles. Irá protege-los, e meu carinho perdurará para sempre. E farei um para você também.
- Eu não preciso...Eu que devo fazer um para você. Não resistiria perde-la...
- Claro que precisa! Você tem o costume de ser descuidado em lutas. Eu não quero ficar viúva antes da hora.
- Você não ficará meu amor, nunca deixarei seu lado. Vamos guarda-la apenas para nossos filhos...Serão três.
- Como?
- Sinto que serão três. No mínimo dois. Posso sentir isso, mas é meio turvo no futuro.
- Não vejo a hora de me casar com você...Agora que estou prestar a me casar, sinto-me mais unida a você que nunca.
- Nos casaremos assim que terminar a formatura. Obrigado por existir, e por me amar, Mirian.
- Obrigado por me fazer a mulher mais feliz do mundo, Alucard.
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
N.A.: Nothing Else Matters, Metallica